Rogério Freitas, aluno da 29ª turma do MBP, a pós-graduação em petróleo & gás da COPPE/UFRJ, fala sobre o tema de seu TCC (Monetização do Gás e seus Desafios Tecnológicos).
Engenheiro Elétrico pela Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP) em 2003 e formando da 29ª turma de petróleo e gás da COPPE/UFRJ (MBP). Com 21 anos de experiência técnica e comercial no setor de infraestrutura, principalmente nas indústrias aeroespacial, petróleo e gás, mineração e energia. Especialista em desenvolvimento de negócios, gestão do orçamento, projeto de viabilidade, marketing, planejamento estratégico e segmentação, vendas técnicas, relações governamentais, gerenciamento de operação de novas tecnologias e automação industrial e controle de processos.
1. Por que você escolheu este tema para seu TCC?
Devido ao sucesso dos Estados Unidos na exploração do Shale Gas e a grande expectativa na indústria gás-insensiva brasileira decorrente do interesse do governo através da realização da 12º rodada de licitações da ANP, dedicados ao gás convencional e não convencional.
Nos Estados Unidos, a exploração de gás não convencional encontrados em rochas de xisto foi o grande responsável pelo aumento da oferta de gás no país, criando oportunidades, desenvolvendo tecnologias e oferecendo vantagens competitivas para indústrias. Já no Brasil, a possibilidade de menores preços do gás natural devido ao aumento da oferta gera muita expectativa. O objetivo da 12 º rodada de licitação da ANP é estimular a indústria a buscar áreas com grandes jazidas, atraindo investimentos para regiões ainda pouco conhecidas geologicamente ou com barreiras tecnológicas a serem vencidas.
2. Qual foi a dificuldade para encontrar material de pesquisa? Quais autores de livros e artigos ( em papel ou digital) mais lhe agradaram? Você poderia citar o título de ao menos dois destes livros/artigos/sites?
A dificuldade em encontrar material nacional para pesquisa é grande, mas isto se deve ao fato de este tipo de exploração não ser tão difundido ainda no Brasil. Porém foi possível conseguir material de pesquisa junto à EPE (Empresa de Pesquisa Energética), à ANP e ao BNDES. No exterior consegui através da Internet acessar estudos da IEA (International Energy Agency) e do MIT (Massachusetts Institute of technology), os quais me ajudaram muito com insumos para o meu trabalho.
3. Em sua opinião, qual o fator mais crítico para o sucesso e quais são os desafios para atividade relacionada ao tema do TCC?
Para mim, o fator mais crítico está na falta de estudos completos, mais detalhados, sobre as reservas. A falta destes estudos aumenta o risco das empresas que desejam entrar nesta empreitada.
Outros desafio é a tímida infraestrutura de transporte de gás. O Brasil não possui uma malha de gasodutos extensa o suficiente para conduzir o gás aos grandes mercados consumidores. Esta infraestrutura demanda grandes investimentos, inviabilizando alguns projetos.
4. O que poderia ser feito para melhorar a eficácia desta atividade ?
A criação de uma legislação específica para o gás não convencional, com incentivos fiscais/financeiros que possam aumentar a atratividade do investimento. Estímulo a convênios de cooperação técnica entre empresas e universidades nacionais, com o objetivo de formar especialistas e desenvolver tecnologia, também poderia melhorar e eficácia desta atividade no Brasil.
5. Você está conseguindo aplicar na prática os conhecimentos adquiridos ao longo da sua pós graduação em petróleo (MBP/COPPE/UFRJ)?
Sim, estou. O fato de trabalhar em uma multinacional americana especializada em equipamentos e soluções para o mercado de Óleo & Gás faz com que os conhecimentos adquiridos ao longo do curso façam parte de minha rotina diária de trabalho.
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