Pesquisadores apontam adaptações e medidas para evitar desastres
“Toda vez que chove, alguém morre”, relata a cozinheira Joseane Souza, de 62 anos, moradora há 45 anos do bairro Alto José do Pinho, em Recife (PE). A região é conhecida por deslizamentos de terra durante chuvas intensas, fenômeno que, para Souza, piorou nas últimas décadas. “Não existe mais dia pra chover, pode ser verão ou inverno”, opina. Percepção que é validada pelos relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU).
“Não podemos associar um evento isolado à mudança do clima, mas um acúmulo de eventos. No caso da chuva ou seca, há ação de fenômenos meteorológicos naturais, como El Nino e La Nina”, explica o professor do Departamento de Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP) Tercio Ambrizzi.“Porém, ao analisar os relatórios, vemos que o aumento do aquecimento médio da atmosfera está intensificando a ação desses fenômenos e gerando eventos extremos, como chuvas e secas intensas”, destaca.
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