Uma antiga vilã dos ecologistas agora interpreta o papel de mocinha: a energia nuclear volta com força nos projetos dos países desenvolvidos, desde que a crise energética encareceu os preços da eletricidade mundo afora. As usinas nucleares aparecem como a única alternativa capaz de produzir eletricidade em massa e não comprometer os compromissos de redução de emissões de efeito estufa e descarbonização da economia, até meados do século.
O argumento é tentador: elas emitem 15 vezes menos CO2 que as centrais a carvão, as mais poluentes, colocando-se ao lado de fontes renováveis como as eólicas e fotovoltaicas. Além disso, resultam em preços mais baixos da energia elétrica para os consumidores – na França, onde 70% da matriz é nuclear, a luz é uma das mais baratas da Europa.
Num contexto de explosão da demanda mundial pela retomada econômica da pandemia, os países desenvolvidos e grandes emergentes, como a China e a Índia, aceleram os projetos de ampliação do parque energético, com um lugar de destaque para as usinas nucleares. O objetivo número 1, fixado na última Conferência do Clima da ONU, em Glasgow, é sair definitivamente do carvão.
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