Processo natural está sendo dramaticamente acelerado pelas mudanças climáticas com menos chuva e maior temperatura
O ritmo de derretimento das geleiras no Sul do Chile assusta os cientistas. Uma rachadura atravessa a frente da geleira San Rafael e um bloco de gelo do tamanho de um prédio de dez andares desaba no lago em mais um dia de degelo na região. No Sul do Chile, as geleiras são um “excelente indicador” do efeito das mudanças climáticas.
Centenas de blocos de gelo flutuam à deriva na lagoa San Rafael, cuja superfície é um exemplo visível do aumento desproporcional do derretimento das 39 geleiras que emanam do Campo de Gelo do Norte, na região Sul de Aysén. Juntamente com o Campo de Gelo do Sul, eles formam a terceira maior massa de gelo do mundo, atrás apenas da Antártida e da Groenlândia.
Os 3,5 mil quilômetros quadrados de superfície congelada do Campo de Gelo do Norte, somados aos 11 mil quilômetros quadrados do Campo de Gelo do Sul representam 63% da superfície glacial do Chile. Há 150 anos, a língua da geleira andina San Rafael se estendia em forma de cogumelo cobrindo dois terços da lagoa, mas agora a frente que se rompe (a parede da geleira) retrocedeu 11 quilômetros em direção ao interior do vale e não aparece mais no lago.
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